sexta-feira, 6 de junho de 2008

Rampas


Museu de Arte Contemporânea, Barcelona de Richard Meier



Rampa de acesso






Museu em Guimarães (Acesso principal através de uma rampa)




Biblioteca Pio IX, Roma de King Roselli



A biblioteca encontra-se organizada de modo a que a cada 2 andares exista comunicação entre eles por meio de rampa em “U”. As estantes de livros encontram-se o mais baixo possível para evitar o uso de escadas de acesso às prateleiras mais altas. A inclinação das rampas é determinada pela junção dos espaços regulares das estantes com os cortes irregulares da fachada, o que cria uma espécie de volumes a flutuar apenas na luz. Isto é claramente visível na fachada: de dia, o envidraçado permite ver os planos facetados no interior, bem como os 4 pilares estruturais; de noite, os 3 volumes superiores flutuam claramente apenas entre a luz. As rampas não estão suspensas no vazio mas são definidas pela luminosidade tanto vertical proveniente do poço de luz central, como pela horizontal pelos rasgos nas duas fachadas.
Estas rampas são as salas de leitura e encontram-se niveladas por plataformas de madeira de mogno que acomodam as mesas de leitura também em mogno. A luminosidade varia mais bastante no edifício: a luz directa de nascente pela manhã através da fachada é complementada por uma luz zenital “fria” que muda para um tom mais “quente” a meio do dia e volta ao tom “frio” ao final da tarde mas complementado por um tom “quente” reflectido a partir dos edifícios circundantes.A aparente dinâmica da inclinação das rampas e das mesas quase a tombar é amplificada também pelas constantes mudanças dos efeitos de luz ao longo do dia.



Niemeyer










Centro cultural Vladimir Kaspé